RESUMO
DE PRÉ CLÍNICA
MAURICIO
DA SILVA PATRICIO
PALOMA
DE FIGUEIREDO SANTOS GORGONHO NÓBREGA
REABILITAÇÃO
ORAL EM PACIENTES COM BRUXISMO: O PAPEL DA
ODONTOLOGIA
RESTAURADORA
AUTORES
Gabriela
Aniceto de Sousa OLIVEIRA
Lúcia
Carneiro de Souza BEATRICE
Silvana Freitas Souza LEÃO
INTERNATIONAL JOURNAL OF DENTISTRY,
RECIFE, 6(4):117-123 OUT / DEZ 2007
O objetivo principal
do trabalho foi a realização de uma revisão de literatura visando guiar os
profissionais sobre a importância do papel da dentística restauradora no
tratamento de pacientes com bruxismo, que é caracterizado como um hábito
parafuncional marcado pelo apertar ou ranger de dentes, podendo acontecer
durante o dia (bruxismo cêntrico) ou no correr da noite (bruxismo excêntrico).
Sua etiologia vem
sendo caracterizada como multifatorial envolvendo fatores locais, sistêmicos,
psicológicos, ocupacionais e hereditários. Sabendo-se da alta prevalência de
bruxismo e das consequências que são muitas vezes irreversíveis para o sistema
mastigatório, é função do cirurgião-dentista, realizar um diagnóstico precoce
deste hábito parafuncional.
Mesmo ainda
sendo desconhecido um tratamento que possa eliminar permanentemente o bruxismo,
cabe ao cirurgião-dentista a realização de um correto diagnóstico para assim poder
optar por uma terapia de controle conservador, reversível e minimamente
invasiva, controlando e mantendo uma revisão constante sobre o paciente.
O bruxismo pode
ser compreendido como uma atividade para funcional do sistema mastigatório que
envolve apertar ou ranger os dentes, ocorrendo nível subconsciente, logo os
mecanismos protetores neuromusculares estão ausentes, o que pode acarretar diversos
danos ao sistema mastigatório como um todo.
As causas do
bruxismo podem ser listadas em fatores locais como oclusão traumática, trauma
dental, contato prematuro, cistos dentígeros, restaurações com excesso, erupção
atípica da dentição decídua ou permanente; fatores sistêmicos como parasitoses,
deficiências nutricionais, pacientes portadores de Síndrome de Down, por reação
alérgica a medicamentos, distúrbios gastro-intestinais, danos cerebrais
mínimos, além de efeitos secundários a medicamentos, retardo mental, paralisia
cerebral; e por fim fatores psicogênicos tensão emocional, problemas
familiares, conflitos no trabalho, crises existenciais, e fatores ocupacionais
práticas de esportes de competição; fatores hereditários
No momento do
tratamento a conduta do cirurgião-dentista junto ao paciente com bruxismo deve
estar visando reduzir os causadores de tensão psicológica, tratar os sinais e
sintomas, como o desgaste das estruturas dentárias e dores musculares.
Para tratar a
dor muscular da face recomenda-se o uso de dipirona associada ou não a
miorrelaxantes.
Depois de
diagnosticado o bruxismo, é importantíssimo restaurar as facetas que sofreram
desgaste além de proteger o sistema com uma placa de mordida. O material
restaurador indicado vai depender das características do trabalho.
Para
restaurações pequenas recomenda-se utilizar os materiais restauradores convencionais,
já em uma reabilitação que exija o uso de prótese, a superfície oclusal
confeccionada em cerâmica pode não ser o material de escolha, pois apresenta-se
dura, friável, como também é mais resistente que o esmalte dentário, irá
acarretar no desgaste excessivo quando em oclui com dentes naturais.
O material de
escolha nesses casos é o ouro que é mais maleável e absorve melhor os impactos.
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