FACULDADE DE CIÊNCIAS APLICADAS
DOUTRO LEÃO SAMPAIO
CAMPUS SAÚDE
CURSO DE ODONTOLOGIA
ACIDENTES
COM INSTRUMENTAIS ODONTOLÓGICOS ENTRE ESTUDANTES DE GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA DA
FACULDADE LEÃO SAMPAIO EM JUAZEIRO DO NORTE - CE
TÂNIA MARIA TEIXEIRA
TIAGA ALCANTARA PEREIRA
MAURÍCIO
DA SILVA PATRÍCIO
JOÃO RICARDO LOPES DA SILVA
CARLOS D'ANDERSON GONÇALVES DE SOUZA
PATRICIA AMANDA DA SILVA ANDRADE MACEDO BEZERRA
JUAZEIRO
DO NORTE – CE
JUNHO
DE 2012
ACIDENTES COM INSTRUMENTAIS
ODONTOLÓGICOS ENTRE ESTUDANTES DE ODONTOLOGIA DA FACULDADE LEÃO SAMPAIO EM
JUAZEIRO DO NORTE - CE
TÂNIA MARIA TEIXEIRA
TIAGA ALCANTARA PEREIRA
MAURÍCIO
DA SILVA PATRÍCIO
JOÃO RICARDO LOPES DA SILVA
CARLOS D'ANDERSON GONÇALVES DE SOUZA
PATRICIA AMANDA DA SILVA ANDRADE MACEDO BEZERRA
Trabalho apresentado
na disciplina de Metodologia de Pesquisa do Trabalho Científico como pré
requisito parcial da nota de AV2 aos professores João
Marcos Ferreira de Lima Silva e Alana Kelly Maia Macedo Nobre de Lima.
Juazeiro do Norte – CE
Junho de 2012
RESUMO
O presente trabalho é um projeto
de pesquisa que em cumprimento as exigências da cadeira de Metodologia de
Pesquisa do Trabalho Científico pretende realizar uma investigação, com o
objetivo de averiguar a prevalência de acidentes com instrumental odontológico
potencialmente contaminado entre estudantes do curso de Odontologia do segundo,
terceiro e quarto semestres da Faculdade de Ciências Aplicadas Doutor Leão
Sampaio nas cadeiras de Anatomia e Escultura Dental e Pré clinica 1. Métodos:
Para a coleta de dados, será aplicado um questionário composto por itens de
caracterização dos sujeitos e dos acidentes ocorridos. Será escolhida uma data
em que a maioria dos alunos se encontrarem na instituição para assim aumentar o
volume de adesões à pesquisa, visando assim obter uma amostra que seja o mais
próximo possível da realidade. Com a pesquisa bibliográfica realizada
previamente aliada a convivência do dia-a-dia em uma faculdade de odontologia
presume-se que os alunos da odontologia estão muito expostos aos acidentes com
presença de material biológico em sua prática até agora pré-clínica acadêmica,
de modos que se espera encontrar uma prevalência significativa de pequenos
acidentes em virtude dos instrumentais ainda não serem de caráter altamente
cortante em sua maioria.
Palavras-chave: Estudantes de
Odontologia – Acidentes com instrumental – Risco Biológico
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................06
2. OBJETIVOS........................................................................................................08
2.1.
Objetivos Gerais................................................................................................08
2.2.
Objetivos Específicos........................................................................................08
3.
JUSTIFICATIVA.................................................................................................09
4.
REVISÃO DE LITERATURA............................................................................10
4.1.
Riscos biológicos na prática
odontológica........................................................10
4.2.
Fatores e risco para acidentes com
instrumental...............................................12
4.3.
Medidas de
Prevenção......................................................................................13
4.4.
Comportamento dos Estudantes Frente Aos
Acidentes....................................13
4.5.
Medidas Profiláticas Pós-Acidentes
.................................................................14
4.6.
Medidas Educativas..........................................................................................14
5.
MATERIAIS E
MÉTODOS...............................................................................16
5.1.
Caracterização da pesquisa...............................................................................16
5.2. População e
Amostra........................................................................................16
5.3. Critérios de inclusão..........................................................................................16
5.4.
Critérios de exclusão.........................................................................................16
5.5. Variáveis de pesquisa........................................................................................16
5.6. Instrumentos da
Pesquisa..................................................................................16
5.7.
Procedimentos da
Pesquisa................................................................................16
5.8. Plano
Estatístico................................................................................................17
5.9.
Aspectos Éticos.................................................................................................17
5.10. Resultados Esperados......................................................................................17
6.
CRONOGRAMA................................................................................................19
7.
ORÇAMENTO....................................................................................................20
8.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................21
9. ANEXOS.............................................................................................................22
1. INTRODUÇÃO
Embora a aderência às
precauções-padrão e o uso rotineiro de barreiras apropriadas assegurem maior
proteção contra a maioria dos microrganismos, os profissionais que atuam na
área da saúde estão expostos a riscos de acidentes envolvendo sangue e outros
fluidos corpóreos potencialmente contaminados durante o exercício de sua
profissão (Bellíssimo-Rodrigues1, 2003).
No início de 2011 a Faculdade
Leão Sampaio abril suas portas para o curso de odontologia e com isso vieram os
200 estudantes que hoje se aproximam dos 500, a partir do segundo semestre os
estudantes tem seu primeiro contato com os instrumentais odontológicos na
disciplina de Anatomia e Escultura Dental, seguida no terceiro semestre pela
disciplina de Pré Clinica 1, muitos desses instrumentais representam riscos ao
estudante se manuseados de maneira incorreta o que é algo provável em vista
destes acadêmicos estarem em processo de formação e ainda adquirindo a destreza
manual apropriada.
Alguns destes instrumentais como
o Lecron, Curetas Grayce, Foices, Curetas de Macal, Bisturis, brocas, e etc,
tem um potencial de ferir o manuseador quando este não os manipula
adequadamente, como esses primeiros contatos ainda não são clínicos e portanto
não envolvem pacientes os estudantes muitas vezes se descuidam por vincularem
infecções com o contato direto com material contaminado por sangue, saliva ou
outro fluido ou tecido que venha de um paciente, esquecendo-se que qualquer
material que esteja exposto ao ambiente é uma contaminação em potencial, sendo
este potencializado quando se encontra em um ambiente clínico.
Como já é sabido os profissionais
da área da saúde estão entre os mais expostos a materiais infecciosos e isso se
estende aos acadêmicos nas suas práticas clinicas e pré clinicas, logicamente
devido ao contato direto com diversos pacientes as disciplinas clinicas são
mais perigosas para o estudante, mas como um dos intuitos da disciplina pré
clinica é preparar o futuro profissional para o mundo clinico fica evidente a necessidade
de prepara-lo e avalia-lo previamente sobre os riscos biológicos, já que nesta
iniciação ele tem os seus primeiros contatos com instrumentais, e sabendo que
qualquer ferimento que tire a integridade da pele já põe o indivíduo em risco
de infecção deve-se prepara-lo desde o inicio com o mesmo rigor mesmo que com
riscos menores, visando assim conscientizá-lo previamente para que assim possa
chegar na fase clinica mais preparado e conscientizado sobre os riscos a que
estará exposto.
Visando auxiliar nesta preparação
este projeto visa realizar uma pesquisa que possa fornecer dados sobre a
realidade dos acadêmicos da citada instituição em relação a prevalência de
acidentes com instrumentais para que assim os próprios estudantes possam se
conscientizar melhor e passarem a dar mais atenção a suas práticas sabendo que
não é tão incomum ocorrem pequenos acidentes que por muitas vezes passam
despercebidos ou são tidos como inofensivos mas que na realidade comprovada
podem sim colocá-los em risco potencial.
Levando em consideração o risco
de acidentes o projeto considerará como acidente com instrumentais, fragmentos
ou gotículas que tenham entrado em contato com os olhos, queimaduras e lesões à
pele ou mucosas. Além de levantar com quais proteções os acadêmicos estavam
paramentados no momento de ocorrência do acidente, assim como apresentar os
instrumentais que mais causaram acidentes, quais as faixas etárias mais
atingidas e em qual turno estes acidentes mais ocorreram.
Este projeto tem como ideia central
fundamentar uma pesquisa que possa fornecer dados que melhorem a segurança dos
estudantes, afinal é muito importante saber: Com que frequência os estudantes
de odontologia sofrem acidentes que expõe a risco de contaminação?
2. OBJETIVOS
2.1 Geral
Realizar um levantamento da
frequência com que estudantes de odontologia da Faculdade Leão Sampaio sofreram
acidentes com instrumentais odontológicos durante suas aulas práticas.
2.2 Específicos
Descobrir quais os instrumentais
mais envolvidos com estas ocorrências.
Expor em qual turno estas
ocorrências são mais frequentes.
Fornecer os dados para que possam
auxiliar estratégias de prevenção a acidentes.
Possibilitar uma conscientização
dos estudantes sobre a sua própria realidade e assim dar-lhes um parâmetro mais
próximo para que deem mais atenção a sua segurança especialmente nas fases
iniciais garantindo assim que cheguem nas disciplinas clínicas mais preparados.
3.
JUSTIFICATIVA
A
pesquisa deve ser realizada para fornecer dados que possam fundamentar uma
conscientização nos estudantes da Faculdade Leão Sampaio e outros que venham a
conhecê-la, podendo assim reduzir os riscos de futuros acidentes.
Na
sua maioria os estudantes são jovens que ainda tem a ideia de que acidentes
ocorrem com os outros, que são acontecimentos distantes, este trabalho é
importante, pois proporcionará uma exposição da realidade dos próprios
acadêmicos.
4.
REVISÃO DE LITERATURA
4.1. Riscos
biológicos na prática odontológica
A prática da Odontologia, por abranger
uma grande variedade de procedimentos com diferentes níveis de complexidade,
geralmente implica em contato com secreções da cavidade oral, a exemplo de
saliva, sangue e outros tipos de secreções, como as das vias aéreas superiores,
além de aerossóis, sendo fator de risco para a transmissão de infecções entre
profissionais e pacientes (KONKEWICZ, 2005).
Para fins de conceituação, a
exposição a fluidos corporais fica caracterizada pelo contato com membranas mucosas
ou pele não intacta, pelo contato com pele intacta quando há envolvimento de
áreas extensas por um longo período de tempo, ou por uma injúria percutânea causada
por uma agulha contaminada ou algum objeto pontiagudo (MARINO et al., 2001).
O atendimento de pacientes
infectados e a grande prevalência de doenças de repercussão sistêmica, como hepatites,
Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), tuberculose e sífilis, entre
outras, têm aumentado a conscientização e motivado a classe odontológica a
buscar mais informações na tentativa de minimizar as chances de contaminação cruzada.
Sangue, qualquer fluido orgânico contendo sangue visível, secreções vaginais e sêmen
são materiais biológicos envolvidos na transmissão do HIV (Vírus da Imunodeficiência
Humana). Suor, lágrimas, fezes, urina e saliva (não acompanhada de sangue), por
sua vez, não representam risco e não há recomendação de quimioprofilaxia e
monitoramento sério para esses casos (MARINO et al., 2001).
Antes da disseminação do HIV,
órgãos internacionalmente conhecidos, como a American Dental Association (ADA),
já vinham recomendando medidas para controle de infecção nos atendimentos
odontológicos. Após a emergência da
Aids, iniciou-se um forte movimento para a adoção de um programa efetivo para
controle de infecção cruzada nos serviços de saúde como um todo, visando a
reduzir esses riscos (CARMO; COSTA, 2001; DISCACCIATI; VILAÇA, 2001; SILVA;
PATROCÍNIO; NEVES, 2002).
Tem-se observado, a partir de
então, um aumento da atenção ao tema biossegurança, o qual inclui todo procedimento
de combate à contaminação, devendo ser, portanto, uma preocupação de todos os
serviços relacionados à saúde (CAIXETA; BARBOSA-BRANCO,2005; GARBIN et al.,
2005; GARCIA; ZANETTI-RAMOS, 2004).
No caso de agentes biológicos,
como em grande parte das situações é impossível ou inviável o controle na fonte
ou do ambiente como um todo, a utilização de barreiras de proteção,
representadas nesse caso pelos EPI, deve ser conduta prioritária em todas as situações
que ofereçam risco (CAIXETA; BARBOSA-BRANCO, 2005).
Estudos sobre acidentes de
trabalho com risco potencial de transmissão do HIV em profissionais da saúde
têm sido realizados em várias partes do mundo, principalmente nos Estados
Unidos. Neste país, RamosGomez et al. (1997) constataram, entre profissionais e
estudantes de quatro clínicas de ensino odontológico, uma incidência de 3,53
acidentes a cada 10.000 atendimentos, enquanto no estudo de Younai, Murphy e Kotelchuck
(2001) a incidência foi de 2,46/10.000 atendimentos. No Brasil, Martins,
Barreto e Rezende (2004) verificaram que 26% dos dentistas pesquisados sofreram
acidentes perfuro-cortantes nos seis meses anteriores à pesquisa e 75% já haviam
sofrido alguma vez durante a vida profissional.
Estudos estimaram ser o risco de
transmissão do HIV por exposição percutânea baixo e por exposição da membrana
mucosa ainda menor. Quanto às hepatites, o risco de contaminação mostra-se
maior que o do HIV, sendo de duas a três vezes mais alto para hepatite B, em comparação
com a hepatite C. É importante ressaltar que não existe intervenção específica
para prevenir algumas infecções, como a transmissão do vírus da hepatite C após
exposição no trabalho. Na existência de vacinas, como no caso da hepatite B, a
utilização das mesmas é recomendada para todos os profissionais de saúde (BRANDÃO
JUNIOR, 2000; MARTINS; BARRETO,2003; SCHECHTER; MARANGONI, 1998).
A título de informação, alguns
cuidados pós-exposição merecem destaque e foram classificados por etapas, desde
o tratamento do sítio de exposição, passando pela notificação, até o
controle/monitoramento das con-8 Rev. bras. Saúde ocup., São Paulo, 34 (119):
06-14, 2009dições dos profissionais de saúde expostos a acidentes (MARINO et
al., 2001):
1. Tratamento do sítio de
exposição: para exposição cutânea ou percutânea, lavagem com água corrente e
soluções antissépticas; para exposições em mucosa, lavar abundantemente com
água ou solução fisiológica.
2. Notificação do acidente:
Boletim de Acidente de Trabalho;
3. Coleta de amostras de sangue
do paciente: realiza-ção de testes sorológicos para HIV, hepatite B e C;
4. Coleta de amostras de sangue
do profissional: realização de testes sorológicos para HIV, hepatite B e C;
5. Informações adicionais: risco
de contaminação e importância de acompanhamento; em caso de materiais contaminados
com HIV ou pacientes com sorologia desconhecida, deve-se preservar por 6 meses.
O Ministério da Saúde também
preconiza, como medida imediata após acidente envolvendo exposição a material
biológico potencialmente contaminado, a lavagem exaustiva do local exposto.
Paciente e profissional devem ser submetidos a testes sorológicos para investigar
possível infecção prévia por HIV ou HBV, e, caso indicada (paciente-fonte com
sorologia positiva ou desconhecida para tais vírus), a quimioprofilaxia deve ser
iniciada dentro das primeiras 24 a 48 horas após a exposição (BRASIL, 2006)
Embora a NR-32 estabeleça a
obrigatoriedade de comunicação dos acidentes de trabalho, os profissionais
freqüentemente não o fazem, pois, muitas vezes, o acidente não gera nenhuma das
situações previstas na definição de acidente de trabalho e pode não ter a
transmissão caracterizada de imediato ou em curto prazo. A comunicação apenas
quando a doença se desenvolve demonstra, claramente, uma negligência no
componente preventivo (CAIXETA; BARBOSA-BRANCO, 2005)
4.2. Fatores e risco
para acidentes com instrumental
Estudos sobre exposições a
material biológico potencialmente contaminado entre estudantes de Odontologia
indicam a falta de experiência clínica como um fator agravante, além das características
próprias da profissão que apresentam aspectos facilitadores de acidentes.
Revelam ainda que a pouca familiaridade com os procedimentos, o nervosismo, a
ansiedade e a supervisão constante do professor, como avaliador, aumentariam o
risco de acidentes entre os estudantes (PANAGAKOS; SILVERSTEIN, 1997; RIBEIRO,
2005).
Entre profissionais de saúde, a
maioria dos acidentes com contaminação através de material biológico
ocorre através de
instrumentos de trabalho
perfurocortantes, especialmente entre aqueles que prestam assistência
direta aos pacientes e executam procedimentos invasivos, pois empregam
predominantemente esse tipo de instrumento na prática diária (BALSAMO; FELLI,
2006).
Os estudos que investigaram
infecções ocupacionais nas áreas médica e odontológica indicaram que a
exposição repetida aos microrganismos do sangue e de outras secreções resultou
em uma incidência mais elevada de determinadas doenças infecciosas nesses profissionais
do que a observada na população geral (MOLINARI, 2003).
A utilização inadequada dos
equipamentos de proteção individual e a ausência de critérios na manipulação de
instrumentos e objetos contaminados na prática odontológica podem ser apontadas
como colaboradoras no processo de geração do acidente (BERTI; MOIMAZ; AYRES,
2003).
4.3. Medidas de
Prevenção
Independentemente da forma de
ensino e da estrutura curricular adotada nas universidades, a prevenção e o
controle de infecção devem fazer parte da filosofia da formação dos
profissionais da área da saúde, assim como do processo de educação continuada
durante o exercício profissional, viabilizando a necessária atualização
permanente dos profissionais (TIPPLE et al., 2003).
4.4. Comportamento
dos Estudantes Frente Aos Acidentes
Com relação às medidas profiláticas
imediatas adotadas no pós-acidente, a observação de que apenas 34,2% dos alunos
que sofreram acidentes informaram ter procurado o professor para receber
orientações, se traduz como superestima de conhecimento por parte dos mesmos em
relação a ocorrências desse tipo, já que a grande maioria (73,7%) afirmou ter
apenas lavado o ferimento com água e sabão e apenas 10 (13,2%) procuraram o
serviço médico especializado em acidentes com exposição a material biológico
potencialmente contaminado. O percentual de alunos que afirmaram não ter tomado
qualquer medida profilática (9,2%) nos faz crer que estes desconhecem ou
ignoram os riscos aos quais estão expostos ou temem as medidas
quimioprofiláticas preconizadas. Este tipo de comportamento também pode ter
sido favorecido pela avaliação dos acidentes como de pequeno porte ou baixo
risco, com volume pequeno de sangue e carga viral reduzida (SCHECHTER; MARANGONI,
1998).
4.5. Medidas
Profiláticas Pós-Acidentes
De acordo com Ministério da
Saúde, em caso de sorologia do paciente-fonte positiva ou desconhecida para HIV
ou HBV, a quimioprofilaxia pós-exposição ocupacional (PEP) deve ser iniciada o
mais rápido possível, 12 Rev. bras. Saúde ocup., São Paulo, 34 (119): 06-14,
2009dentro das primeiras 24 ou 8 horas após o acidente (BRASIL, 2006).
Considerando que as medidas
profiláticas pós-exposição não são totalmente eficazes, enfatiza-se a
necessidade da divulgação, dentro das universidades, dos protocolos de proteção
universal em vigor (BRASIL, 2004), para que os alunos possam exercer com mais
segurança suas atividades práticas, reduzindo os riscos de infecção e acidentes
durante a prática clínico-ambulatorial. Para tanto, os protocolos devem ser
governados por sua aplicação prática e não apenas por considerações legais envolvidas,
aumentando a aceitação entre os estudantes e profissionais. Para difundir tal aceitação,
recomenda-se informação e treinamento na gerência de riscos, participação de
estudantes e profissionais de saúde no desenvolvimento dos protocolos e a sustentação
da gerência pelos órgãos envolvidos, nesse caso as próprias universidades, para
evitar a reversão ao comportamento habitual precedente (VAN GEMERT-PIJNEN et
al., 2006).
4.6. Medidas
Educativas
Enfatizamos, então, a necessidade
de se implementar ações educativas permanentes sobre as Medidas de Precauções
Universais (MPU’s), atualmente denominadas precauções-padrão, e a
conscientização da necessidade de empregá-las adequadamente. As
precauçõespadrão são formas de prevenção a serem utilizadas na assistência a
todos os pacientes, na manipulação de sangue, secreções e excreções e contato
com mucosas e pele não-íntegra. Tais medidas incluem a utilização de
equipamentos de proteção individual e os cuidados específicos recomendados para
manipulação e descarte de materiais contaminados por material orgânico
(ALMEIDA; PAGLIUCA; LEITE, 2005).
Possíveis danos psicológicos
apresentados por estudantes feridos por instrumental
Exposição acidental a material
biológico contaminado é sentida como uma situação de risco real de
contaminação, assim, é compreensível que o dentista que tenha sofrido as apreensões
e angústias relacionadas a um acidente perfurocortante declare menor disposição
para o atendimento de pacientes portadores do HIV/Aids (SENNA; GUIMARÃES;
PORDEUS, 2005).
5. MATERIAIS E MÉTODOS
5.1. Caracterização
da pesquisa
Este projeto visa à realização de
uma pesquisa de corte transversal que determine a prevalência de acidentes
sofridos com instrumentais pelos alunos da Faculdade Leão Sampaio.
5.2. População e
Amostra
Alunos do segundo, terceiro e
quarto semestres do Curso de Odontologia da Faculdade Leão Sampaio que tenham
cursado as disciplinas de Pré-clinica I e/ou Anatomia e Escultura Dental.
5.3. Critérios de
inclusão
Ser aluno do curso de Odontologia
da Faculdade Leão Sampaio que tenha cursado ou curse as disciplinas de
Pré-Clinica e/ou Anatomia e Escultura Dental.
5.4. Critérios de exclusão
Não ser do segundo, terceiro ou
quarto semestres ou não estar frequentando ou ter frequentado as disciplinas
avaliadas.
5.5. Variáveis de
pesquisa
Ocorrência de acidentes com
instrumentais entre estudantes de odontologia, quais os instrumentais mais
envolvidos, quais os Instrumentos de Proteção Individual utilizados, e quais os
turnos com maior prevalência.
5.6. Instrumentos
da Pesquisa
Questionários impressos, Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido, Microsoft Office Excel versão 2010, programa
estatístico SPSS (Statistical Package Social Science).
5.7. Procedimentos da
Pesquisa
Primeiramente no dia 29 de
outubro de 2012 ocorrerá um contato inicial com os estudantes onde estes serão
esclarecidos sobre a intenção da pesquisa, seguido pela entrega dos
questionários e assinatura do TCLE aos acadêmicos que se dispuserem a
contribuir com a pesquisa.
No dia seguinte os questionários
que forem preenchidos serão recolhidos pelos pesquisadores responsáveis e
encaminhados para análise e tratamento estatístico a ser realizado por um
profissional da área.
Esses dois passos ocorrerão em
todas as turmas de odontologia do segundo, terceiro e quarto semestres nos três
turnos tão logo haja adesões em todas estas.
Após o devido tratamento
estatístico os dados serão apresentados para a comissão de ética que
determinará ou não a sua aprovação e posterior publicação.
E por fim após a sua devida
aprovação pelo conselho de ética prosseguiri-se-a com a publicação da pesquisa
para garantir assim o conhecimento dos
resultados pelos colaboradores, demais acadêmicos e população em geral.
5.8. Plano
Estatístico
Os dados serão submetidos à
análise estatística descritiva com utilização do programa estatístico SPSS
(Statistical Package Social Science) versão 12.0 apresentados de Forma
descritiva e não paramétrica em tabelas e gráficos elaborados no programa Microsoft
Office Excel versão 2010, além de uma versão digitada no Microsoft Office Word
e impressa a ser entregue a mesa avaliadora.
5.9. Aspectos Éticos
Os estudantes que aceitarem
participar da pesquisa assinarão o TCLE e serão assegurados do anonimato de
suas identidades, de modo que os questionários a serem por eles preenchidos não
irão registrar informações pessoais, apenas o turno, turma, idade, sexo e semestre,
evitando assim que os participantes temam sofrer alguma represália ou
tendenciem sua resposta para agradar professores ou algum outro terceiro. Estas
e outras medidas serão tomadas em respeito a resolução 196/96 do conselho
nacional de saúde.
5.10. Resultados Esperados
Com
base no estudo de Ribeiro 2005 espera-se encontrar ocorrência de acidentes com
instrumentais odontológicos em aproximadamente 70% dos relatos dos acadêmicos,
aceitando-se possíveis variações em virtude do numero reduzido de disciplinas
em que os estudantes já tiveram contato com estes instrumentais o que pode
levar a uma menor porcentagem.
6. CRONOGRAMA
ETAPAS
|
DATA DE INICIO
|
DATA DE CONCLUSÃO
|
REVISÃO DE LITARATURA
|
01/06/2012
|
13/06/2012
|
ELABORAÇÃO DO PROJETO
|
03/06/2012
|
15/06/2012
|
ENVIO DO PROJETO PARA AVALIAÇÃO
|
18/06/2012
|
-
|
APRESENTAÇÃO DO PROJETO
|
22/06/2012
|
22/06/2012
|
PRIMEIRO CONTATO COM OS ALUNOS E ENTREGA DOS
QUESTIONÁRIOS
|
28/09/2012
|
28/09/2012
|
RECOLHIMENTO DOS QUESTIONÁRIOS
|
01/10/2012
|
01/10/2012
|
ANÁLISE ESTATÍSTICA DOS DADOS
|
02/10/2012
|
04/10/2012
|
APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
|
05/10/2012
|
05/10/2012
|
7.
ORÇAMENTO
ITÉNS DISPENDIÓSOS
|
INVESTIMENTO EM R$
|
SERVIÇO DE GRÁFICA
|
40,00
|
DESPESAS COM TRANSPORTE
|
20,00
|
DESPESAS COM PROFISSIONAL ESTATÍSTICO
|
50,00
|
TOTAL
|
110,00
|
* As despesas da pesquisa serão
de responsabilidade da equipe de pesquisa
8. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, C. B.; PAGLIUCA, L. M.
F.; LEITE, A. L. A. S. Acidentes de
trabalho envolvendo os olhos: avaliação de riscos ocupacionais com
trabalhadores de enfermagem. Revista Latino-Americana de Enfermagem,
Ribeirão Preto, v. 13, n. 5, p. 708-716, out. 2005.
BALSAMO, A. C.; FELLI, V. E. A. Estudo sobre os acidentes de trabalho com
exposição aos líquidos corporais humanos em trabalhadores da saúde de um
hospital universitário. Revista Latino-Americana de Enfermagem, Ribeirão
Preto, v. 14, n. 3, p. 346-353, jun. 2006.
BERTI, M.; MOIMAZ, S. A. S.;
AYRES, J. P. S. Métodos de controle de
infecção cruzada: uma avaliação do emprego na prática odontológica. Revista
Paulista de Odontologia, São Paulo, v. 25, n. 5, p. 30-33, 2003.
BRANDÃO JUNIOR, P. S. Biossegurança e AIDS: as dimensões
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2000. 124 f. Dissertação (Mestrado)-Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação
Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2000.
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CARMO, M. R. C.; COSTA, A. M. D.
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GARBIN,
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GARCIA, L. P.; ZANETTI-RAMOS,
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TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO
Eu
_______________________________________________ declaro que aceito participar
da pesquisa sobre acidentes com instrumentais odontológicos que me foi proposto
participar no período de 29/09/2012 a 01/10/2012 tendo sido devidamente
esclarecido sobre a importância da pesquisa e os procedimentos que serão
realizados, da mesma maneira que estou ciente de que não haverá nenhum
pagamento a ser por mim recebido, assim como assumo a responsabilidade de que
todas as informações por mim prestadas são verdadeiras.
________________________________ ________________________________
Assinatura do Participante Assinatura do
Pesquisador
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